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Saúde Mental: Especialista destaca hábitos que protegem a saúde mental, emocional e cardíaca

Em uma sociedade cada vez mais conectada, mas nem sempre consciente de suas próprias necessidades internas, a busca por uma vida longa e significativa se torna urgente. Para o cardiologista brasileiro Dr. Ricardo Camarinha, três atitudes simples, mas poderosas, podem manter a “chama da vida acesa”: trabalhar, ler e ensinar.

“As pessoas querem viver mais, mas se esquecem de que viver com sentido é o que realmente prolonga a existência. A ciência já mostra que manter o cérebro ativo, cultivar propósito e se sentir útil pode ser tão importante quanto cuidar da alimentação ou fazer exercícios”, afirma o médico.

Mesmo após a aposentadoria, o especialista reforça que é crucial não se aposentar da vida. Realizar atividades produtivas, ainda que sem fins financeiros, como um projeto pessoal ou voluntário, estimula o corpo e a mente. “Quem para completamente, acelera o envelhecimento do cérebro e do coração”, alerta Camarinha.

A leitura também entra como pilar essencial nesse processo. Um estudo da Universidade de Yale demonstrou que a leitura regular pode aumentar a expectativa de vida em até dois anos. “Ler é um exercício completo para a mente. Cria novas conexões neurais, melhora a capacidade de interpretação e nos afasta da passividade mental que vem com a idade”, explica.

Já o ato de ensinar tem efeitos ainda mais surpreendentes. Segundo pesquisas recentes, mentorear outras pessoas aumenta o senso de propósito, reduz o estresse e fortalece o sistema imunológico. “Ensinar é reafirmar a própria história. Quem compartilha o que sabe não apenas ajuda o outro, mas se mantém emocionalmente ativo e necessário — o que é vital em todas as idades”, destaca o cardiologista.

A ausência dessas atitudes, por outro lado, pode representar um risco silencioso. A inatividade total após a aposentadoria é uma das principais causas de depressão em idosos. A falta de leitura e o isolamento de saberes contribuem para o declínio cognitivo e emocional.

Desafio do Dia:
O Dr. Camarinha propõe um desafio simples, com impacto direto na vitalidade:
1. Reative uma ocupação que lhe traga prazer;
2. Separe 20 minutos para ler algo de valor;
3. Compartilhe um ensinamento com alguém mais jovem.

“É um convite à vida em movimento. A vitalidade não tem idade. Ela nasce da curiosidade, do afeto e do desejo de continuar relevante. Trabalhar, ler e ensinar são formas acessíveis e profundamente humanas de manter a alma em chamas”, conclui.

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