Natural de Mogi Guacu/SP e atualmente residindo no sul de Minas Gerais na cidade de Pocos de Caldas.
O projeto tem pouco tempo, mas fala sem medo que pessoas negras não estão acostumadas a serem fotografadas.
“Toda Alma é Raiz nasceu da vontade de destacar a beleza de pessoas pretas e registrar seu cotidiano. Muitas das pessoas negras não estão acostumadas a serem fotografadas, especialmente, as mais velhas. Isso deve-se ao tempo em que os filmes de câmeras analógicas não eram adequados e muito menos projetados para fotografar tons de peles mais escuro. Consequentemente, pessoas negras não apareciam nas fotos, afetando suas histórias e sua autoestima. Ainda hoje vemos casos onde a fotógrafos encontram dificuldades de acertar o real tom de pele de pessoas negras, e por vezes deixando-as acinzentadas. E eu quero mudar isso. Mostrar a nossa beleza através da fotografia documental. Captar o sorriso dessas pessoas, a sensibilidade em olhares expressivos, perdidos, retratar a humildade, a inocência. Observar a dor em um simples gesto e transformá-la em arte. Contar a história do retratado milhares de vezes; torná-las vivas para sempre é o que me faz feliz”diz Leo Felipe
“Com toda certeza o meu trabalho é político. Como diria Nina Simone: “Como eu não posso refletir o tempo?”. É extremamente crucial que o artista reflita o momento através da arte. Se você se cala, você permite que o opressor continue oprimindo. Por isso, a base de tudo nas fotos é a Raiz, que associo a minha ancestralidade. Eu sempre sinto isso quando estou fotografando as pessoas. Como se eu pudesse ver a alma delas através das lentes e também suas raízes e ancestralidade”, completa.
Para saber mais sobre este trabalho maravilhoso acesse:
@todaalmaeraiz e ou @leofelipefotografia