O Camp SLZ é um projeto que reúne artistas e produtores de diferentes estados do Nordeste para criar um EP com influências de funk, trap e afrobeat. Entre os participantes, está Prod Falcão, produtor musical e cofundador do selo Vila73, que compartilhou sua experiência na produção, os desafios do cenário musical nordestino e sua visão para o futuro da música na região.
Para Prod Falcão, a experiência no Camp SLZ foi uma grande oportunidade de aprendizado. “Tive a chance de ampliar meu conhecimento musical, trocando experiências com outros profissionais. Foi uma vivência que trouxe novas perspectivas para o meu trabalho”, conta.

A diversidade cultural dos participantes também foi um fator essencial para a identidade sonora do projeto. “Cada artista trouxe um pouco da sua essência, e essa mistura de referências gerou algo único, que só o Nordeste poderia entregar”, afirma. Falcão destaca que sua contribuição veio do reggae e do baton rogue, influências que ele mesclou com elementos modernos para criar uma identidade sonora autêntica dentro do EP.
*O crescimento da cena nordestina*
Segundo o produtor, fortalecer a cena musical da região significa movimentar o público e os artistas para que, juntos, conquistem espaço nacional. “Nossa cultura é potente e merece reconhecimento. Projetos colaborativos como esse ajudam a ampliar nossa voz”, diz.
Quando perguntado sobre suas referências musicais, Falcão cita NBA YoungBoy como uma grande inspiração. “A forma como ele mistura emoção com batidas pesadas me influencia muito”, revela. Sobre inovação, ele acredita que a autenticidade é o segredo. “Não me preocupo tanto com pressão. Faço música que gosto de ouvir, e a novidade acaba surgindo naturalmente.”
*O impacto da música e os próximos passos*
Falcão deseja que sua participação no Camp SLZ transmita a importância da colaboração na música. “A união de visões diferentes é o que faz a mágica acontecer”, destaca. Para ele, um dos principais desafios de projetos coletivos é saber ouvir diferentes opiniões e respeitar a individualidade de cada artista.
Sobre dificuldades na carreira, ele brinca: “Fazer beats ruins, até hoje não consegui (risos)”. Mas reconhece que a falta de estrutura no início foi um obstáculo. “Aprendi a trabalhar com o que tinha, e isso me tornou mais resiliente.”
Olhando para o futuro, o produtor vê um cenário promissor para a música nordestina. “Cada vez mais artistas estão levando nossa cultura para outros estados e provando que o Nordeste é um celeiro de talentos”, afirma. Já em relação à própria carreira, ele pretende crescer de forma sólida e continuar explorando novas sonoridades. “Meu maior projeto é o Vila73. Quero seguir expandindo minhas conexões, tanto localmente quanto internacionalmente.”
Com talento e autenticidade, Prod Falcão se consolida como um dos grandes nomes da nova geração da música nordestina, mostrando que inovação e tradição podem caminhar juntas.