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Lipedema não tratado: especialista alerta para riscos e complicações do avanço da doença - PeoplePop

Lipedema não tratado: especialista alerta para riscos e complicações do avanço da doença

O lipedema é uma doença crônica e progressiva caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, geralmente nas pernas, quadris e braços. Embora seja frequentemente confundido com obesidade ou retenção de líquidos, trata-se de um distúrbio vascular que afeta majoritariamente mulheres e que, se não tratado, pode comprometer a mobilidade, causar dor intensa e impactar significativamente a saúde física e emocional.

De acordo com o médico vascular Dr. Douglas Sterzza, referência no diagnóstico e tratamento do lipedema, muitas pacientes convivem por anos com a doença sem saber.

“O desconhecimento ainda é um dos maiores desafios. Muitas mulheres passam boa parte da vida acreditando que o problema é estético, quando na verdade se trata de uma doença que avança e gera complicações importantes se não for tratada adequadamente”, explica o especialista.

O que acontece quando o lipedema não recebe tratamento?

Quando não há acompanhamento médico, o lipedema tende a evoluir de maneira contínua, passando por estágios cada vez mais complexos. Segundo o Dr. Sterzza, a evolução pode acarretar:

  1. Aumento progressivo do volume das pernas

O acúmulo de gordura tende a intensificar-se ao longo dos anos. O aumento de volume compromete o uso de roupas, gera sensação de peso e dificulta a mobilidade.

  1. Dor crônica e sensibilidade exacerbada

A dor ao toque é um dos sintomas marcantes. Sem tratamento, ela se torna constante e passa a limitar atividades simples, como caminhar e subir escadas.

  1. Formação de nódulos e endurecimento do tecido

Com o avanço da doença, ocorre a formação de nódulos, fibrose e endurecimento da gordura — estágio que exige abordagens terapêuticas mais complexas, muitas vezes cirúrgicas.

  1. Sobrecarga do sistema linfático

O lipedema pode evoluir para lipo-linfedema, quando há prejuízo do sistema linfático. Isso provoca inchaço intenso, sensação de pernas “cheias” e maior dificuldade de locomoção.

  1. Problemas vasculares associados

O excesso de peso nos membros inferiores favorece o surgimento de varizes e pode agravar quadros de insuficiência venosa.

“A associação entre lipedema e varizes é comum. Por isso, a avaliação vascular completa é fundamental”, reforça o Dr. Sterzza.

  1. Impacto psicológico significativo

A evolução da doença também afeta o emocional. Baixa autoestima, ansiedade e até quadros depressivos são frequentes, agravados pelo julgamento social e pela demora no diagnóstico.

Créditos da Foto: Divulgação
Créditos da Foto: Divulgação

A importância do diagnóstico precoce

O Dr. Douglas Sterzza destaca que identificar o lipedema ainda nos estágios iniciais possibilita controlar a progressão, reduzir sintomas e evitar tratamentos mais invasivos no futuro. Entre os principais sinais de alerta estão:

Acúmulo de gordura desproporcional nas pernas;

Dor e sensibilidade ao toque;

Inchaço persistente;

Histórico familiar;

Dificuldade de perder volume mesmo com dieta e exercícios.

Tratamento: é possível controlar o lipedema?

Embora não exista cura definitiva, o acompanhamento adequado permite controlar a doença e manter qualidade de vida. As principais estratégias incluem:

Drenagem linfática e terapias específicas;

Meias de compressão;

Exercícios orientados;

Controle alimentar;

Lipoaspiração especializada para lipedema, indicada em casos selecionados.

“Cada paciente precisa de uma abordagem individualizada. O mais importante é não ignorar os sintomas e buscar avaliação de um médico vascular experiente na doença”, ressalta o Dr. Sterzza.
Se você suspeita de lipedema ou já convive com o diagnóstico, saiba que existem opções eficazes de tratamento. No blog, é possível acessar mais conteúdos educativos sobre sintomas, estágios e manejo da doença.

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Douglas Sterzza
CRM/SP 176627 | RQE 93284

Instagram: Douglas Sterzza

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Tiktok: Douglas Sterzza