Ícone do site PeoplePop

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA ERA DIGITAL por Ana Chaves

Estamos vivendo a frente de uma realidade onde somos bombardeados por uma enxurrada de informações e com isso somos muito estimulados, mas como gerir nossas emoções? É nesse ponto que se torna importante e necessária a inteligência emocional. E o que que seria ter inteligência emocional? De maneira suscinta nada mais é do que o equilíbrio entre a razão e a emoção gerando a capacidade de lidar com as intempéries da vida de forma saudável e produtiva.
Acordo, durmo, no decorrer do dia, são incessantes as notificações do smartphone. Atualizar as redes sociais que vivem um constante bombardeio de informações e notícias. Manter o fluxo constante de e-mails que precisam ser lidos e respondidos. Cansa só de pensar! Imagine como está a mente de milhares de pessoas que vivem nesse ambiente avassalador? Diante desse cenário torna-se impossível encontrar qualidade de vida sem que você busque a inteligência emocional transformando-a em um guia para sua vida.
Mas, por que a inteligência emocional é tão importante? Pois ela não só nos ajuda na compreensão das nossas emoções, bem como na gestão delas. Com ela nos tornamos mais seletivos em relação ao universo tão vasto de informações que estão ao nosso redor.
O ponto de partida é desenvolver a consciência emocional que nada mais é do que o reconhecimento das emoções que sentimos ao consumir determinadas informações. Quando identificamos sentimentos de estresse, ansiedade, frustração, medo e muitos outros, é indicado começarmos o processo de gestão emocional, tomando conhecimento das reações.
No mundo onde a tecnologia trouxe inúmeros benefícios para nossas vidas e que nos mantêm constantemente conectados, estabelecer limites torna-se vital. Este nos permite definir o que queremos ver e até que horário devemos ir, pois reservar momentos para desconectar deve ser uma prioridade, reduzindo assim a sobrecarga de estímulos digitais.
Em um cenário onde a tecnologia muitas vezes dita o ritmo, a inteligência emocional surge como uma ferramenta essencial para enfrentar essa avalanche de informações. Reconhecer as nossas emoções, estabelecendo limites e manter a consciência latente das suas emoções são práticas que ajudam a manter a sanidade mental. Incorporar a inteligência emocional a nossa vida, pode transformar o “caos digital” em uma experiência gerenciável, prazerosa, construtiva, equilibrada e que permita que a conectividade entre bem-estar emocional, físico e espiritual esteja em conformidade.
Quando falamos da inteligência emocional, a qual já definimos brevemente acima, vemos a automação no ambiente corporativo de processos como Big Data e computação cognitiva, na qual permite-se que máquinas aprendam (Learning-Machine), nesse ponto a inteligência emocional passa a ser mais valorizada do que o QI (Coeficiente de Inteligência) dos colaboradores.
A transformação digital não é uma aceitação massiva de novas tecnologias, mas uma revolução digital no ambiente de negócios e na mentalidade das pessoas não sendo restrito apenas à área profissional, mas a sociedade como um todo.
Segundo um relatório que foi divulgado para Universidade Singularty: “A Inteligência Emocional é considerada como uma base estrutural do desenvolvimento de qualquer outra habilidade social e que só através dela é possível desenvolver:
1. Pensamento crítico e resolução de problemas;
2. Colaboração e liderança por influência;
3. Agilidade e adaptabilidade;
4. Iniciativa e empreendedorismo;
5. Comunicação assertiva;
6. Avaliação e análise de informações;
7. Curiosidade e imaginação e;
8. Visão e estratégia.”
É interessante estarmos atentos ao fato de que o ambiente corporativo está caminhando para que as máquinas façam a maior parte das suas operações repetitivas e elas indicarão muitas vezes as melhores soluções de negócios, mas as mesmas não têm o sentir humano e com isso os colaboradores terão que buscar outras maneiras de se sentirem satisfeitos com o trabalho como por exemplo situações como ajudar os colegas e clientes a vencer seus desafios, controlar suas emoções no que tange ao fato de uma solução dada por uma máquina sobre determinado assunto for aceita pela maioria, contrária a sua, saber que é necessário se reciclar constantemente para não se perder com essa avalanche.
Nesse cenário é fundamental aprender e tomar consciência de como o cérebro está programado para responder a sentimentos como satisfação, frustração, ansiedade e muitos outros. Nesse contexto vemos de forma pulsante a importância a inteligência emocional, visto que à medida que você conhece os seus instintos emocionais de resposta aos desafios faz-se possível o controle e análise racional das suas atitudes.
Concluímos então que a transformação digital de uma empresa é muita mais abrangente do que se imagina pois é fundamental trabalhar a inteligência emocional da equipe antes até de implantar quaisquer projetos tecnológicos.
Está aí um grande desafio para os executivos pois indica-se que seja prudente que o crescimento da empresa no mundo digital deva estar atrelado a gestão das emoções da equipe, para com isso estarem aptos a tomar decisões difíceis e superar a barreiras.
Todos esses desafios só serão superados com inteligência emocional.

Sair da versão mobile