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Filme ‘Homem com H’ contou com apoio do Fundo Setorial do Audiovisual - PeoplePop

Filme ‘Homem com H’ contou com apoio do Fundo Setorial do Audiovisual

Longa estrelado por Jesuíta Barbosa e dirigido por Carolina Jabor teve investimento total
de R$18 milhões. Produção valoriza diversidade, identidade e cultura brasileira

Com rápida passagem pelos cinemas nacionais, e agora disponível na Netflix, o filme Homem com H, mergulha na vida e na trajetória artística de Ney Matogrosso, um dos maiores ícones da música e da contracultura brasileira. Com direção de Esmir Filho e produção da Paris Filmes, o longa teve 60% de seu orçamento, R$10,8 milhões, de um total de R$18 milhões, financiados pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), Riofilme, Prefeitura do Rio de Janeiro, BRDE e Ancine.

Protagonizado por Jesuíta Barbosa, o filme conta ainda com participações de nomes como Caroline Abras, Hermila Guedes, Bruno Montaleone, Rômulo Braga e Lara Tremouroux, em um elenco que mistura gerações e linguagens, refletindo a riqueza e complexidade do personagem retratado. A produção mistura ficção e linguagem documental, apresentando não só os marcos da carreira de Ney, mas também os bastidores políticos e culturais de cada fase de sua vida.

A trajetória do filme começou ainda em 2021, com uma extensa pesquisa biográfica e curadoria musical. Após passar por laboratórios de desenvolvimento de roteiro e receber consultorias de profissionais ligados à música e ao audiovisual, o projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura e iniciou sua captação de recursos (FSA). O apoio de patrocinadores foi fundamental para garantir o alto padrão de produção e possibilitar filmagens em múltiplas locações, como Rio de Janeiro, Brasília e Buenos Aires.

A produção contou com financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado à Agência Nacional do Cinema (Ancine), com apoio do Ministério da Cultura (MinC). O FSA integra a chamada Lei do Audiovisual, um importante mecanismo de fomento que tem viabilizado grandes produções nacionais com reconhecimento internacional. Por meio desse incentivo, filmes de grande sucesso como Central do Brasil e O Auto da Compadecida também ganharam destaque e rodaram o mundo.

O FSA existe para fortalecer todo o setor de cinema e produção audiovisual no Brasil, desde a criação dos roteiros até a exibição dos filmes. O dinheiro usado para financiar os projetos vêm de contribuições feitas por empresas do próprio mercado, como produtoras, emissoras de TV e operadoras de telecomunicações, como CONDECICE e FISTEL, por exemplo. Essas contribuições são obrigatórias por lei e ajudam a manter viva a produção cultural no país.

“De forma resumida, a Lei do Audiovisual é uma forma de o governo apoiar a produção de filmes, séries e outros conteúdos no Brasil. As empresas que pagam impostos podem direcionar parte desse valor para projetos culturais, em vez de repassar tudo para o governo. Esse apoio ajuda a tirar do papel ideias que, de outra forma, talvez nunca fossem realizadas”, conta Vanessa Pires, CEO da Brada, maior e mais completa startup para buscar investimento de incentivo em impacto positivo.

Além de permitir que ideias saiam do papel, os recursos da lei incentivam a profissionalização do setor, geram empregos, movimentam a economia criativa e fortalecem a imagem institucional das empresas que apoiam a cultura. “Os incentivos fiscais funcionam como um verdadeiro motor para o cinema brasileiro. É importante contar com parceiros mediadores que orientem empresas e produtores a entenderem como aproveitarem essas oportunidades, que vão muito além do financiamento e fortalecem a imagem institucional. Para o governo, é uma forma de apoiar não só a economia, mas a cultura e a identidade do país”, conclui Vanessa.

Para além de seu conteúdo artístico e relevância cultural, Homem com H se apresenta como um exemplo de como políticas públicas de incentivo, aliadas a parcerias privadas estratégicas, podem impulsionar o cinema nacional. “É importante contar com parceiros que orientem empresas e produtores a entenderem como aproveitar essas oportunidades, que vão muito além do financiamento. Para o governo, é uma forma de apoiar não só a economia, mas a cultura e a identidade do país, além de ajudar na geração de empregos e na movimentação da economia criativa”, completa Pires.

O lançamento de Homem com H é visto como um marco para o audiovisual brasileiro em 2025, reforçando o papel dos incentivos culturais no fortalecimento da indústria e no estímulo à pluralidade de vozes que compõem o Brasil.