Em um mundo corporativo cada vez mais complexo e exigente, a inteligência emocional se destaca como uma competência fundamental para os profissionais de alto potencial. A capacidade de identificar, compreender e gerenciar as próprias emoções, assim como as dos outros, é crucial para alcançar o sucesso em qualquer área de atuação.
A disseminação de informações imprecisas e a cultura do “disse me disse” representam um sério desafio para a comunicação eficaz e a construção de relacionamentos sólidos no ambiente de trabalho. Ao compreender os estados egoicos, ou seja, as diferentes facetas da personalidade humana, os profissionais podem desenvolver uma maior autoconsciência e empatia, facilitando a interação com colegas e superiores. Os estados egoicos, popularizados pela Psicologia Transacional, dividem a personalidade humana em três grandes áreas: Pai, Adulto e Criança. Cada um desses estados carrega consigo padrões de pensamento, sentimentos e comportamentos aprendidos ao longo da vida. O estado do Pai representa as normas, valores e regras internalizadas, podendo ser tanto protetor quanto crítico. O estado do Adulto é caracterizado pelo pensamento lógico, racional e objetivo. Já o estado da Criança expressa as emoções, os impulsos e as reações espontâneas. A compreensão desses estados é fundamental para identificarmos as origens de nossos comportamentos e para estabelecermos relações mais saudáveis com os outros.
A mente, por sua vez, tem um papel fundamental na disseminação do “disse me disse”. Quando recebemos uma informação, tendemos a filtrá-la através de nossas crenÇAs, valores e experiências prévias, ou seja, a nossa filosofia de vida. Essa filtragem pode distorcer a informação original, levando-nos a criar narrativas que podem não corresponder à realidade, ou pior não foi o que a pessoa disse, muitas vezes é feito inferência na fala. Além disso, a necessidade de pertencer a um grupo, se manter num cargo, almejar outro e de ser socialmente aceito pode nos levar a compartilhar informações sem antes verificá-las, contribuindo para a propagação de boatos e informações falsas, prejudicando as pessoas e perdendo profissionais incríveis.
A inteligência emocional, quando desenvolvida de forma estratégica, proporciona inúmeros benefícios. Melhora a comunicação, aumenta a produtividade, fortalece o trabalho em equipe, desenvolve a liderança e aumenta a resiliência. Para os profissionais de alto potencial, a inteligência emocional representa uma oportunidade única de se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Ao investir em seu desenvolvimento pessoal, esses profissionais podem aumentar sua influência, tomar decisões mais assertivas e construir uma carreira sólida.
Para os gestores, a inteligência emocional é ainda mais crucial. Ao lidar com equipes diversas, é fundamental que o líder seja capaz de criar um ambiente de trabalho seguro e acolhedor, onde todos se sintam valorizados e respeitados. Uma dica importante para gestores é desenvolver a habilidade de escuta ativa. Ao ouvir atentamente seus colaboradores, demonstrando empatia e interesse genuíno por suas ideias e sentimentos, o gestor cria um clima de confiança e colaboração. É importante ressaltar que a escuta ativa não se resume a ouvir as palavras, mas também a observar a linguagem corporal, o tom de voz e as emoções que estão por trás das falas. Além disso, o gestor deve evitar fazer julgamentos e oferecer conselhos não solicitados. Ao invés disso, ele pode fazer perguntas que estimulem a reflexão e o autodesenvolvimento do colaborador.
Em resumo, a inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, assim como as dos outros. Essa habilidade é fundamental para o sucesso profissional, pois permite que os indivíduos se comuniquem de forma mais eficaz, construam relacionamentos mais sólidos e sejam mais resilientes. Ao desenvolver a inteligência emocional, os profissionais de alto potencial podem alcançar resultados extraordinários e construir uma carreira de sucesso.
