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Carpe Diem: conviver e amar com uma doença rara

A NG Produções foi conhecer a história do casal Marcos e Bruna que ganhou os noticiários e as redes sociais e inspira as pessoas a acreditarem no amor
Aos 16 anos a jovem Bruna Verlingue foi diagnosticada com uma doença rara e sem cura. Ela nasceu com uma deficiência genética que faz com que o sangue engrosse e fique mais propenso a formar coágulos e, portanto, a causar tromboses. Após muitos exames realizados, incontáveis idas ao hospital e mudança de estado para realizar o tratamento, era preciso aceitar sua condição.

A complexa doença de várias consequências a fez passar por muitas internações. Cirurgias e testes faziam parte de sua vida. Precisava conviver com a trombofilia, causada pela falta de proteínas. Além das tromboses, desenvolveu cirrose hepática, porque o sangue não consegue chegar normalmente ao fígado. Hoje ela precisa de um transplante. Seu fígado tem apenas 30% de suas funções.

Seu caso virou praticamente um estudo, de processos difíceis e dolorosos. Seu baço é considerado um dos maiores do mundo e ocupa praticamente a sua barriga toda, o que a faz ter uma “barriguinha de grávida”, como ela relata. Tudo isso não a impediu de buscar a felicidade.

Nas redes sociais, Bruna conta sua história desde o diagnóstico até a convivência com a doença. Ela decidiu aproveitar cada minuto como se fosse o último, pois seu caso é considerado grave e ela pode perder a vida a qualquer momento.

Com uma doença considerada terminal, não estava em seus planos um amor. Imaginava as dificuldades para encontrar um companheiro que enfrentasse com todas as “baixas” em sua saúde. Mas um dia, ela que já tinha a veia de influencer, abriu uma caixa de perguntas nos Stories do Instagram. Foi lendo as respostas que encontrou o comentário do seu futuro noivo.

Carpe Diem: conviver e amar com uma doença rara

A princípio, ela não o levou muito a sério. De cara, Marcos Semprebom brincou que ele teria as qualidades que ela citou na caixa de perguntas. Com seu humor, ele conquistou mais abertura para conversarem. Ele passou a saber mais sobre a doença dela também. Após pouco tempo de bate-papo online, Bruna aceitou se conhecerem melhor. Ela estudava em Sinop, a 500 km da capital de Mato Grosso, e recebeu o convite de uma carona após o estágio.

Desde quando se conheceram não se desgrudaram. Ela refletiu no início sobre a idade dele, já que é 15 anos mais velho, mas não a impediu de se relacionar. Descobriram afinidades e vivências que os fizeram não ligar para tal diferença.

Depois de alguns meses, Bruna foi parar na UTI. Ele não a deixou desamparada em momento algum. Foi aí que a estudante teve a certeza de que Marcos era o amor de sua vida.

Com menos de um ano de namoro, Bruna e Marcos trocaram alianças de noivado. Para quem acha que foram rápidos demais, eles respondem: “Temos segurança um no outro. Temos a certeza do que queremos um para o outro”. Permaneceram juntos, em casa, em viagens e em vários momentos na UTI.

Como conseguem? Respeitam as diferenças. Ele aceitou que ela convive com uma doença rara. “A verdade é que eu não sei quanto tempo eu tenho, quando os médicos me assustam falando ‘você vai morrer’, eu olho pra minha vida e eu sei que essa é a melhor versão de vida que eu poderia estar vivendo, quando eu olho pra ele, vejo que é tudo que eu sempre sonhei. Vivemos cada dia como se fosse o último”, conta Bruna de mãos dadas com Marcos.

A leveza com que a história da estudante veio a público conquistou muitos admiradores. Ela não se apresenta triste ou desmotivada. Pelo contrário! Sua história de vida também a levou ao mercado de mídias sociais. A digital influencer e estudante tem 180 mil seguidores no Instagram @bruverlingue e também está em outras redes. Seus cuidados com a saúde não a impedem de realizar parcerias de divulgação. Nesse caminho, o namorado que é engenheiro civil e empresário, vai junto. Ele tem 35 mil seguidores no perfil @sbmarcos_.

“Viva o hoje, pois você não sabe se existirá o amanhã”, é o lema do casal.

NG Produção e Guilherme Gonçalves

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