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Ao mestre com carinho, o funk da periferia para o mundo a bordo de um “FURACÃO”

Ao mestre com carinho, o funk da periferia para o mundo a bordo de um "FURACÃO"
Ao mestre com carinho, o funk da periferia para o mundo a bordo de um “FURACÃO”
Fã de carteirinha do cantor, compositor, ator, dançarino e um dos maiores artistas do planeta de todos os tempos, James Brown, na década de 70, o jovem Rômulo Costa tinha o sonho de brilhar nos palcos. Queria ver espalhada pelo subúrbio carioca a novidade daquele ritmo tão diferente e envolvente que o seu ídolo e Rei do Soul mandava tão bem na América: o funk.
Para combinar com ritmo tão pauleira e que mexia com geral só mesmo um furacão. A idéia de um amigo, Gilberto Guarani, logo ganhou nome e corpo: Furacão 2000, uma pequena produtora e gravadora. Assim, Rômulo deu asas aos seus sonhos. Embarcou na Furacão. De funcionário, virou sócio e logo tornou-se dono. E não fez o funk grande somente no Rio, não. Ao longo de 50 anos,  ganhou o Brasil inteiro com o irreverente estilo e lançou centenas de artistas do gênero que logo, logo, viraram super star e ícones do mundo pop, como Anitta.
Ao mestre com carinho, o funk da periferia para o mundo a bordo de um "FURACÃO"
Mas a estrada percorrida por Rômulo foi longa. Até que o gênero musical caísse nas graças da galera, aos poucos teve que seguir se reinventando.
E os primeiros grandes sucessos retratavam a realidade das comunidades.
Nos anos 90, as letras do funk carioca retratavam as dificuldades que os moradores de favelas do Rio enfrentavam.
Ao mestre com carinho, o funk da periferia para o mundo a bordo de um “FURACÃO”
Depois veio o funk melody que eram temas de amor. Sob a batuta do já imperador do funk  Romulo Costa, MC´s como Willian e Duda, Marcinho, Danda e Tafarel, Galo, Mr. Catra, Claudinho e Buchecha entre outros mandaram ver no melody. Era uma bela resposta às brigas que se iniciavam nos bailes funk. O chamado “corredor”, formado por pessoas que se denominavam lado A e lado B para brigarem intensamente, por pouco não pôs tudo a perder.
A estratégia deu certo e já nos anos 2000 os funks mais famosos tomaram uma direção diferente, tornando-se apimentados com uma pitada de sensualidade. Com essas canções, a visão do baile funk como reunião social para paquera, namoro e flerte começou a bombar.
Um grupo que pode ser considerado como divisor de águas desse período é o Bonde do Tigrão, com sucessos como Cerol na Mão, Só as Cachorras, Tchutchuca, alcançando projeção nacional.
Com a explosão do Bonde do Tigrão, vários  grupos surgiram, seguindo praticamente a mesma linha, como Bonde do Vinho, Os Magrinhos, Os Hawaianos, Os Ousados e Bonde dos Prostitutos.
Mas o Paizão do Funk não nega para ninguém de ser a Anitta o seu maior orgulho. Foi dos palcos da Furacão 2000 que a jovem Anitta saltou para o mundo. E a recíproca é verdadeira.
Hoje, consagrada internacionalmente, a musa não se esquece do padrinho.
Ao ser convidada para o  Rock In Rio, Anitta fez questão de reverenciar  as suas raízes. Subiu a um palco temático igualzinho ao que foi lançada pela Furacão 2000 e arrasou. Foram mais de 3 horas de genuíno funk carioca, trap e outros rítmos que estremeceram o mundo como um furacão. Melhor homenagem a Furacão 2000 não poderia existir.
Assim, Rômulo Costa segue a sua rica trajetória e não para. Agora de carona na era digital, lançou a web rádio Furacão 2000 (www.radiofuracão2000.com) e ganhou o mundo. São 24 horas no ar, com nada mais nada menos do que 2 milhões de ouvintes em 86 países.
Em sua rádio, os ouvintes podem acessar de qualquer lugar e curtir entretenimento, últimas notícias do esporte e acontecimentos no mundo musical, além de lançamentos de novos talentos semanalmente.
Agora o melhor mesmo é que a apresentação é feita pelo próprio Rômulo e a bela, talentosa cantora e apresentadora Priscila Nocetti, sua esposa.
Os ouvintes ainda podem pedir músicas e deixar recados. Sem precisar fazer três gols. Porque o Rômulo já fez mais de mil com o funk.
Em meio século da Furacão, Rômulo Costa abre o seu coração:

“NESTA VIDA O QUE SE GANHA É O QUE SE DEIXA. ME ORGULHO DA MINHA EQUIPE, DOS ARTISTAS QUE AJUDEI A DAR OS PRIMEIROS PASSOS E, MUITO MAIS IMPORTANTE, DE TER TIRADO O FUNK DO LIXO DA MARGINALIZAÇÃO E PRECONCEITO E COLOCÁ-LO NO LUXO DA SALA DE ESTAR DA FAMÍLIA BRASILEIRA.”

Fotos Acervo pessoal
Fonte: Divulgacao
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