Sentir a potência da moto acelerando em uma pista de autódromo é um sonho distante para muita gente. Mas o Trackday Classe A nasceu justamente para transformar esse desejo em realidade e de uma forma acessível, segura e acolhedora.
Criado em 2017, depois de experiências anteriores no motociclismo, o projeto surgiu da ideia de oferecer um ambiente diferente: sem egos, sem rivalidades internas, mas com foco total na segurança, organização e no espírito de família.
“Nosso evento é voltado inteiramente para os pilotos, independentemente da experiência. Aqui, todos os perfis têm espaço: do iniciante ao experiente”, destacam os organizadores.
Um espaço para todos
No Classe A, qualquer pessoa a partir de 8 anos (com autorização dos pais) pode participar. As motos precisam estar em bom estado, a partir de 125 cilindradas, e os equipamentos de proteção são obrigatórios: macacão, botas, luvas, jaqueta com calça acoplada e, claro, o capacete.
Além da segurança individual, a empresa garante toda a estrutura necessária: ambulância UTI com médicos, mecânico e borracheiro à disposição durante os eventos. “A ideia é unir a adrenalina da pista com a tranquilidade de saber que existe suporte para qualquer situação.”
Mais do que velocidade
O trackday também tem um papel de aprendizado. Instrutores especializados acompanham os pilotos, oferecendo dicas de pilotagem, correções de traçado e orientações que vão muito além do autódromo.
“Após o curso, continuamos sendo responsáveis por ajudar o piloto a corrigir possíveis erros. Queremos que ele esteja seguro tanto na pista quanto nas ruas”, reforça a organização.
Cultura e oportunidade
Em quase 100 eventos realizados e diversas turmas formadas, o Classe A se consolidou como um espaço de democratização do motociclismo.
“Quando montei o projeto, foi para dar oportunidade a quem nunca imaginou pilotar em um autódromo. Hoje, vejo que muitos pilotos adquiriram preparo para as mais diversas situações.”
Mais do que um evento, o Trackday Classe A se define como “uma ação entre amigos”. Sem fins lucrativos, os organizadores fazem questão de ressaltar que os valores praticados são justos, justamente para manter o acesso aberto.
O futuro da modalidade
Apesar do crescimento do público interessado, os responsáveis reconhecem que o trackday no Brasil ainda engatinha, principalmente pela falta de incentivo e patrocínio.
“É difícil buscar apoio, mas no que depender do Classe A, vamos continuar tentando mudar esse cenário. Para atravessar grandes distâncias, precisamos dar o primeiro passo e isso nós já demos há muito tempo.”