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O QUE É NECESSÁRIO PARA EMPREENDER COM SUCESSO? - PeoplePop

O QUE É NECESSÁRIO PARA EMPREENDER COM SUCESSO?

Sabe aquela pergunta que todo mundo faz, mas ninguém tem a resposta certa? Pois é… essa aqui talvez seja a campeã: qual é o segredo do sucesso?
É uma fórmula mágica? Um código secreto? Um toque divino só pra alguns escolhidos? Ou talvez… um conjunto de escolhas certeiras, feitas na hora certa?
Muita gente que trabalha no mundo corporativo vive sonhando em empreender — mas quando chega a hora de pular do trampolim… trava. O medo do risco é real. E não é à toa: segundo o IBGE, 8 em cada 10 empresas fecham as portas antes de completar 10 anos. O cenário assusta.
Mas aí vem a parte curiosa: tem negócio que começa do nada, num cantinho qualquer, e bum! — vira capa de revista, case de sucesso, referência de mercado.
E aí a dúvida volta com força: afinal, qual é o truque? Qual é a tal receita do sucesso?
Olha, eu não tô aqui pra dizer que descobri a fórmula mágica do sucesso. Nem tenho a pretensão de bancar o guru dos negócios. Mas posso te contar uma coisa que é bem real: lá em 2016, apareceu a minha primeira chance de empreender de verdade. Foi quando nasceu a CONENG, minha primeira empresa.
De cara, já comecei atendendo uma gigante: a Pandurata Alimentos (ou, como a maioria conhece, Bauducco — sim, aquela dos panetones!). A parceria veio através de um contrato terceirizado e, dali pra frente, começaram os meus primeiros passos nesse jogo de gente grande que é empreender.
Hoje, quase uma década depois, sigo firme. Já ajudei milhares de pessoas com oportunidades de trabalho, colaborei com dezenas de empresários — alguns deles, inclusive, chegaram ainda mais longe do que eu. E quer saber?
Não foi um empurrão do universo — e muito menos sorte.
Foi construção. Estratégia. Resiliência.
E, mais importante: foi entender que existem sim ingredientes fundamentais — técnicos, emocionais e comportamentais — que fazem uma empresa crescer e se manter viva.
E é isso que eu quero começar a dividir com você a partir de agora.
Os 5 ingredientes que aprendi na marra (e que fazem toda a diferença)
Pra começar, vou te contar cinco características que vejo como indispensáveis pra qualquer negócio que queira sair do lugar e crescer de verdade. Preparado? Então vem comigo!
1. Humildade
A primeira lição que carrego na mochila da vida é simples e poderosa: humildade abre portas.
E quem me ensinou isso foi meu pai, lá atrás, quando ainda era pedreiro e me levava junto pra ajudar nas obras. Ele dizia com convicção: “Filho, o mundo é mais generoso com quem abaixa a cabeça pra aprender antes de querer mandar.” E é verdade.
No mundo dos negócios, arrogância fecha caminhos que talento nenhum consegue abrir. Quem acredita que já sabe tudo para de evoluir. Já o humilde ouve, aprende, corrige rota e conquista respeito — primeiro das pessoas, depois do mercado.
2. Tenha um Propósito (de verdade)
Se for só por dinheiro, você vai parar na primeira curva.
Agora, se for pra fazer diferença, aí sim você vai mais longe. Negócios com alma têm outro brilho — e outro fôlego.
Quando você tem um propósito claro, as decisões se alinham, o esforço ganha direção e, de quebra, você inspira outras pessoas no caminho.
Empreender não é só montar empresa. É gerar impacto na vida de alguém.
É resolver um problema real, melhorar o dia de alguém, facilitar uma jornada.
Se o seu negócio não muda a vida de ninguém, ele está só ocupando espaço.
3. Ambição (na medida certa)
Ambição é o apetite do empreendedor.
É o que faz você levantar da cama cheio de planos, querendo construir algo maior do que você mesmo. Mas atenção: existe uma linha tênue entre ambição e ganância.
A ambição saudável é aquela que te impulsiona sem te cegar.
Ela vem do seu propósito, dos seus valores, das suas intenções mais nobres.
Já a ganância… essa aí destrói. Ela atropela pessoas, descuida da ética, cobra um preço alto demais — e cobra em silêncio.
Empreendedor bom é aquele que cresce sem pisar, que constrói com consciência e que dorme tranquilo, porque sabe que não precisa passar ninguém pra trás.
4. Tenha Atitude
Tem uma frase que carrego como mantra:
“Melhor segurar um louco do que empurrar um bobo.”
Empreendedor que espera tudo estar perfeito, todo mundo concordar, todos os astros estarem alinhados… esse nunca sai do lugar.
Você precisa ter atitude.
Fazer. Testar. Errar rápido. Corrigir mais rápido ainda.
Em vez de ficar pedindo permissão pra tudo, assuma a responsabilidade e vá.
Se for preciso, depois você pede desculpas — mas pelo menos você tentou. Não tem nada mais frustrante do que ver uma boa ideia morrer de inanição, sufocada por excesso de cautela.
5. Gestão das Emoções
Essa é a parte menos falada — e uma das mais cruciais.
Empreender é uma montanha-russa emocional.
Um dia você fecha um contrato e se sente invencível.
No outro, leva um calote e pensa em desistir.
Por isso, precisa de coragem — aquela que não é ausência de medo, mas a escolha de agir apesar dele.
Todo negócio de sucesso é fruto de uma série de decisões corajosas.
Você vai sentir medo, frustração, raiva e até solidão.
Mas é o que você faz com essas emoções que define onde você vai chegar.
Empreender exige persistência, resiliência, jogo de cintura e, acima de tudo, uma paciência quase zen pra lidar com gente — porque gerir pessoas é um desafio à parte.
Traições, decepções e portas fechadas virão. Mas quem tem controle emocional, sabe respirar fundo, ajustar a estratégia e continuar andando.
Infelizmente, nada disso se ensina na escola.
Você pode até sair com um diploma debaixo do braço, mas a vida real — o chão quente da empresa, a pressão do boleto, a responsabilidade de liderar — essa, meu amigo, não vem nos livros.
Se você realmente quer se desenvolver, crescer, e fazer seu projeto empreendedor dar certo, vá até quem já andou por esse caminho.
Converse com empreendedores de verdade.
Gente que já ralou, que já quebrou, que já levantou e que hoje tem cicatrizes pra contar. Conecte-se. Ouça. Aprenda. Esses “heróis discretos” movem o Brasil nas sombras: são responsáveis por mais de 70% dos empregos formais no país. E quase ninguém os aplaude.
A jornada empreendedora é duríssima. Cansativa. Solitária, muitas vezes. Mas, quando dá certo… ah, as recompensas são generosas.
Agora, deixa eu te contar uma coisa que talvez te surpreenda.
Aquela minha primeira empresa — lembra da CONENG que te falei lá no início? — então… Ela não chegou até aqui.
Faliu. Sim, faliu dentro do prazo que o IBGE e o próprio SEBRAE tanto alertam.
Parece estranho dizer isso justo depois de tantos aprendizados, né?
Mas talvez justamente por ter falhado, eu tenha aprendido o que me faltava pra ser bem-sucedido de verdade. Quer saber o que faltou?
Quer entender onde foi o tropeço — e como ele virou alicerce?
Na próxima semana, te conto tudo.
Spoiler: às vezes, é preciso perder a primeira partida pra aprender a vencer o campeonato. Nos vemos no próximo capítulo.

Sobre o nosso autor:
Gabriel Coutinho é engenheiro de formação, empreendedor por essência e palestrante de coração. Criou iniciativas como a ENGEX, Nexus RH, NXS, Espaço Singular e Caleidoscópio — todas com a mesma missão: transformar ideias em impacto real.