“Ninguém vive em uma bolha.
É preciso saber lidar com você mesmo
para só depois conseguir viver com os outros.”
Todos nós temos personalidades que não são exatamente como gostaríamos que fossem, e isso é normal, imaginem como seria chato o mundo se todas as pessoas gostassem das mesmas coisas, ou pensassem de forma parecida?! O mundo é maravilhoso justamente por causa da diferença. Ela fará parte de qualquer pessoa desde a infância, então, é preciso que você exercite a aceitação e não só das pessoas distintas de você, mas também a sua própria diferença.
Se aceitar não quer dizer que você vá se conformar com o que não gosta. Mesmo que exista algo em você, quer seja no comportamento ou mesmo em seu corpo, que não te agrade, não há problema em mudar, mas você deve compreender que não será isso que te fará feliz: é apenas um caminho, e não o fim da jornada.
Então, a autoaceitação necessita que você primeiro se observe atentamente. É preciso que aqueles hábitos para os quais você costumava fechar os olhos sejam analisados de forma corajosa. O medo não pode nos impedir de realizar conquistas, e para encontrar a felicidade dentro de você, é preciso que conheça a pessoa que você é, só assim terá condições de modificar aquilo que, porventura, esteja te incomodando.
Sua felicidade só será alcançada após o momento em que o externo for exatamente da forma que você gostaria que fosse, e perceber que o que vem de fora pode passar a ser percebido e utilizado por você, da melhor forma que conseguir, para o seu melhor.
Ninguém é perfeito, saiba disso, mas você pode ser pleno à medida que se conhece e se aceita, com todos os seus defeitos e possibilidades. Porque quando você se aceita, automaticamente passará a aceitar as pessoas que estão ao seu redor, por isso que digo tanto que “meninas empoderadas não têm medo de serem felizes e mulheres empoderadas empoderam outras mulheres”, porque no momento em que você abre o cadeado da perfeição idealizada, você estará apta a perceber no mundo toda a beleza que existe nele.
Sabemos que muitas pessoas são motivadas por seus impulsos, e isso é um problema, porque o impulso é a razão das vontades mais primárias ou seja, tudo aquilo que você faz sem uma análise prévia de sua utilidade pode gerar consequências negativas. Um dos primeiros impulsos que nós somos ensinados a exercitar, por exemplo, é o impulso de comer, porque a comida é essencial para o correto funcionamento do nosso corpo, então nosso cérebro entende que precisa de comida, e só isso, esse é o comando primário. É por esse motivo que, por exemplo, é preciso ensinar as crianças a comer, e não apenas o que elas querem, mas aquilo que é bom para elas, pois o cérebro da criança ainda está em formação, então é preciso comer e adquirir a maior quantidade possível de calorias com o menor esforço possível, por isso uma criança escolherá, quase sempre, por um pedaço de doce do que uma cenoura.
Da mesma maneira funciona o cérebro em relação aos relacionamentos, e quando falo disso não estou dizendo apenas dos relacionamentos que você tenha com outras pessoas, mas, inclusive, que você tem consigo. Nós sempre optaremos pela escolha mais fácil, ainda que tenhamos a certeza de que aquilo não nos faz tão bem.
Aprender a lidar com suas escolhas de forma adequada é o primeiro passo para a autotransformação, para que você libere sua felicidade, desenvolva e exercite seu processo de escolha, não baseado em seus impulsos, mas naquilo que será melhor para você a curto, médio e longo prazo.
Enganar-nos é a coisa mais fácil para nós por causa dessa “programação” que o nosso cérebro tem de buscar sempre aquilo que parece mais fácil ou mais confortável, e fingir que não percebemos os nossos próprios defeitos é, sim, muito mais confortável do que buscar mudança. É comum, quando pedimos a algumas pessoas para que se definam, ou seja, que nos digam como elas são, muitas vezes, elas irão definir a si de uma forma bem diferente de como você as enxerga, ou seja, todos nós temos um entendimento sobre nós e que muitas vezes não corresponde à verdade.
Por isso é tão importante, antes mesmo de modificar nossos hábitos de escolha, convivência e atitudes que tenhamos a exata noção de nós, inclusive em relação aos nossos defeitos, porque, repito, ninguém é perfeito. A perfeição é só uma ilusão nascida da nossa projeção.
Quando você descobre que tem alguns defeitos, ou seja, toma conhecimento de que não é perfeito e se aceita da forma que é, mesmo que isso te conduza a querer, e efetivamente mudar, de forma natural poderá aceitar os outros, ao menos que para compreender que aquela pessoa que te ofende ou que te agride de alguma forma está apenas mais distante do autoconhecimento e da autoaceitação.
E se, quando você descobre que tem alguns defeitos, ou seja, toma conhecimento de que não é perfeito,
e se aceita da forma que é, mesmo que isso te conduza a querer, e efetivamente mudar,
de forma natural você aceitará as outras pessoas, ao menos para compreender que,
mesmo aquela pessoa que te ofende ou que te agride de alguma forma, está apenas mais distante de um autoconhecimento
e de sua autoaceitação.