Barra
Mammy Makeover: a cirurgia que devolve a autoestima das mamães - PeoplePop

Mammy Makeover: a cirurgia que devolve a autoestima das mamães

André Oliveira, um dos três melhores cirurgiões plásticos do Brasil explica o que é a cirurgia e quando ela deve ser feita

A busca incessante pelo corpo perfeito tem se tornado uma verdadeira obsessão nos dias atuais. Mulheres de todas as idades e fases da vida estão em constante busca por dietas milagrosas, rotinas exaustivas de academia, aplicativos de exercícios e procedimentos estéticos. E, mesmo durante a gestação, a ansiedade em manter a forma não é deixada de lado. Em um mundo cada vez mais conectado, onde as celebridades são acompanhadas de perto, é impossível não lembrar do caso da influenciadora Virginia Fonseca, que, apenas 20 dias após dar à luz sua segunda filha, exibiu uma barriga chapada em um vídeo para seus seguidores.

Compreender a importância de uma rotina saudável e equilibrada é fundamental para a manutenção da saúde física e mental. No entanto, é preciso ter em mente que cada corpo é único e que a busca pela perfeição pode levar a consequências graves para a saúde. É importante buscar orientação profissional e adotar hábitos saudáveis de forma consciente e responsável.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, cerca de 70 milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem com transtornos alimentares em busca do corpo perfeito. Esse fenômeno tem aumentado a ansiedade feminina e a procura por procedimentos estéticos, como o Mommy Makeover. Os brasileiros, por sua vez, lideram o ranking mundial de cirurgias plásticas, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Somente em 2022, foram realizadas aproximadamente 1,5 milhões de cirurgias no país, superando os Estados Unidos e o México, segundo e terceiro colocados, respectivamente.

De acordo com a cirurgião plástico André Oliveira, a maioria dos procedimentos estéticos é realizada em mulheres, especialmente após a gestação. A busca por melhorias físicas é tão significativa que o termo Mommy Makeover, originário dos Estados Unidos, vem sendo cada vez mais utilizado para se referir à combinação de intervenções cirúrgicas voltadas para as mulheres que acabaram de dar à luz. As regiões mais comumente corrigidas são as mamas, o abdômen, as coxas, os quadris e a cintura.

O especialista explica que não há problema algum em as mulheres buscarem a cirurgia plástica para recuperar a autoestima e o corpo após a gestação, desde que escolham o momento mais adequado. É fundamental lembrar que, nesse período, as emoções podem estar à flor da pele devido ao parto, ao estresse inicial com o bebê e às noites mal dormidas. Por isso, é importante avaliar com cautela o momento ideal para realizar o procedimento.

André Oliveira explica que os primeiros meses da maternidade são uma fase de grandes mudanças e adaptações, o que pode gerar muita ansiedade nas mães. Mas Oliveira é enfático em dizer que a cirurgia plástica não deve ser vista como uma solução imediata para voltar à estabilidade anterior e evitar o medo do novo. Ele pontua que a a natureza é sábia e providencia mecanismos para que a mulher retorne à sua forma física anterior. Por isso, ele conta que é importante esperar pelo menos seis meses e, idealmente, um ano antes de considerar a cirurgia plástica. Durante esse período, é essencial fazer um controle alimentar para evitar o excesso de calorias, praticar exercícios físicos e aguardar o momento certo.

O médico explica ainda que o primeiro ano após o parto, os hormônios atuam para que o útero desinche, diminuindo a retenção de líquidos e outros inchaços. A amamentação também ajuda na contração do útero e gasta calorias importantes. Ele ressalta a relevância da fase de amamentação para estabelecer o vínculo entre mãe e filho, bem como para a saúde física do bebê. Infelizmente, em nome da estética, muitas mulheres têm optado por abrir mão desses benefícios. É importante lembrar que cirurgias como a mamoplastia e mastopexia, que corrigem a mama, não são indicadas durante o período de amamentação.