Desde pequeno, boa partes dos meninos brasileiros sonham com a ideia de se tornarem jogadores de futebol, para mudar sua vida e das pessoas que amam e quando a ideia não vem diretamente deles, com certeza vêm dos pais, mas ao contrário do que muitos pensam realizar esse sonho não é uma tarefa fácil e nem sempre o sonho vira realidade, no caso de Hugo Leonardo, ex-jogador do São Paulo, o sonho até virou realidade, mas foi interrompido. Mesmo com uma carreira promissora, algumas circunstâncias não permitiram que ele chegasse ao topo. O esporte é visto como um agente transformador que preza pela saúde física e psicológica, ou pelo menos deveria.
O ex-atacante fez parte de times como São Paulo, Ponte Preta, América RN, jogou em vários países como Japão, Inglaterra, Turquia, entre outros. Mas o que muitos não vêm e não sabem é sobre a situação precária de alguns clubes, onde deveriam prezar pelo bem estar, onde ele quase morreu por falta de assistência médica ao ter contraído dengue, devido às péssimas condições do clube.
Hugo começou em Brasília, eleito o melhor em um torneio feito entre escolinhas do São Paulo pelo país, teve o convite de treinar com o time Sub12, onde tornou-se destaque. De lá para cá, passou em todas as etapas da categoria de base e, em 2008 vivia o auge de sua carreira. Aos 12 anos, já como atleta do São Paulo, ele somava prêmios individuais, foi eleito melhor jogador de final em Mundial no Japão e convidado até a fazer testes no Barcelona. Seu contrato passou a ter multa de 30 milhões de euros. Anos depois, estava dormindo no carpete de um hotel na Turquia, sem nem saber como voltaria ao Brasil.
Entre fama e fracasso, Hugo passou por problemas comuns na carreira de um atleta, algumas lesões, rupturas de ligamentos e daí os problemas não pararam mais. “Como eu era jogador rápido, de explosão, dependia muito de correr na ponta do pé. E o técnico começou a achar que eu estava fazendo corpo mole. Eu seguia as recomendações dos médicos que disseram que não precisaria operar, mas esperar que meu corpo fizesse a reconstituição naturalmente dos ligamentos. O técnico não entendeu assim, disse que com ele eu não jogaria mais em nenhuma categoria de base. Disse que eu era o ‘riquinho’ ocupando o espaço de quem precisava mais. E eu me enchi, e talvez por falta de maturidade em um momento de raiva e chateação, resolvi romper o contrato e buscar novos ares. É disso que me arrependo até hoje”, completou.
Hoje com sequelas de um sonho interrompido, mas com as boas lembranças e as vastas experiências adquiridas ele deu a volta por cima e está se destacando como empresário na cidade de Brasília, onde lançou sua própria marca de uniformes esportivos DOGMA e tem conquistado cada dia mais espaço.
Então fica uma dica pra você que tem o sonho de ser jogador não desista, mas também não pague qualquer preço pela fama, corra atrás, mas exija seus direitos. E se no final esse sonho não virar realidade, faça outros virarem.